jeudi 30 juin 2011

Gosto Musical



Ultimamente tenho sido questionada sobre meus gostos musicais, o que não tem me deixado tão contente. Não é o fato de ser questionada sobre esse assunto que não me apraz. Mas os rótulos que são estabelecidos a determinados tipos musicais, por exemplo, se você gosta de funk é porque é uma pessoa vulgar ou que não tem nada na cabeça. Pode até coincidir que essas características estejam associadas a certas pessoas, mas um caso não implica outro.

Eu, normalmente, quando estou entre amigos, colegas, tendo a ter uma personalidade extrovertida, brinco muito, faço uso de uma linguagem um tanto quanto coloquial oralmente, então por conta disso uma pessoa A fez suposições sobre o meu gosto musical, que segundo A seria Luan Santana. Nada contra Luan Santana. Bem, ele nem me conhece direito, ou seja, pessoas que você conversa por educação por estar no mesmo recinto. Tudo bem. Mas por que A ousou dizer isso? Primeiro, porque ele é super sem educação, é visível, pois uma pessoa com o mínimo de bom senso não sai apontando características assim: “Você gosta disso..” “você é assim..”. Por que não toma a si mesmo como exemplo? Acho que nem um psicólogo barato possui tais atitudes. No entanto, de acordo com A eu deixei vestígios para tal conclusão. Para concluir A ousou fazer a segunda afirmação, que eu não gostava de música erudita. Provavelmente porque eu não sou séria, nem falo baixo. Pois fique sabendo, doutor, que Beethoven era super sem educação e mal humorado.

Na semana seguinte, outros colegas “intelectualíssimos” ficaram profundamente indignadas pelo fato de eu falar que gostava de Roberto Carlos. Quiseram me dar uma aula sobre manipulação de mídia e de ditadura. Claro, né, eu devo de ter 11 anos e tenho que acordar para a realidade. Me ensinaram que o Roberto Carlos foi um “traíra” do grupinho musical da época e que foi a Rede Globo que o coroou rei. Noooosssaaa, jura?? O.ô. Meu mundo vai acabar!! Alguém me segura senão eu vou cortar meus pulsos. Que informação bombástica, hein?! Vai até para o TV Fama. Ah! Me aconselharam a ouvir Chico Buarque. Logo, por dedução, quem ouve Roberto Carlos não ouve Chico Buarque. Adoorooo.! :P

Então queridos, já que possuem tanto interesse no meu perfil musical, segue minha justificativa pessoal. Se vocês não mudam de humor, estado de espírito, eu mudo! E cada situação exige uma música diferente. De vez em quando acordo um pouquinho nervosa, daí é melhor falar, ou cantar essa revolta, então toca Capital Inicial, canto bem alto mesmo “não quero ser como vocês eu não preciso mais...”. Se o nervosismo é devido a problemas amorosos, entra Ana Carolina – ela é ótima para tentar superar – “Hoje eu to sozinha e tudo parece melhor, mas é melhor ficar sozinha que é pra não ficar pior.” Agora quando eu estou sozinha, só eu Patrícia Bonita, deitada numa cadeirinha de descanso, ou então deito na cama com as janelas abertas, olho para o céu azul, respiro fundo e me sinto por inteira, daí eu escuto Enya, meu príncipe Andrew Lloyd Webber – todas! Outros momentos estou bem romântica, daí entra Elvis Presley, hmmmmm “Love me tender, Love me true..”, Roberto Carlos “amanhã de manhã...”, Bocelli, Roupa Nova... Outros, eu quero só ficar tranqüila: Guns n Roses, Pink Floyd, Leoni, MPB variados. E, às vezes, estou normal, sem fortes emoções: Chico Buarque, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho, U2, Vinicius de Moraes...É isso aí que toca aqui em casa geralmente.

Porém, se eu estiver numa festa entre amigos, familiares, e tocar um samba, eu entro no meio da roda. Se tocar um forró, eu danço dois pra lá e dói pra cá; se for um trance, eu também requebro os ossinhos; e por fim, pasmem!, se o funk estiver dominando, eu vou até o chão. Sabe por quê? Porque eu não vou dar uma de chata, mal-humorada, enquanto a intenção da festa é se divertir. Eu quero mais é ver a alegria, o sorriso estampado na cara do povão. Disseram-me que agindo assim não estou sendo autentica, talvez não, mas pode ter certeza que a alegria que demonstrar no momento será verdadeira. Eu não quero ser o defunto no meio da festa. E sabe de uma coisa? É como dizem, melhor ser flexível, humilde como um bambu, que quando o vento bater eu me curvo e consigo atravessar a tempestade, que ser duro e inflexível como o carvalho e ser quebrado ao meio.

Namastê,

Patrícia.